MARCO SILVA “O BALANÇO FOI EXTREMAMENTE POSITIVO”

A última edição do World Winners CUP contou com Marco Silva na liderança do Rosh Haayin. A formação israelita terminou a prova na segunda posição. Tivemos à conversa com o técnico português acerca da prestação da sua equipa em Itália.

A equipa orientada pelo português realizou sete partidas tendo vencido cinco delas. As duas derrotas aconteceram no primeiro e no último encontro. Para Marco Silva a competição foi “Um desafio muito difícil e exigente. Ter na equipa alguns jogadores de nível top mundial ajuda e facilita um pouco, pois conhecem o jogo como poucos, mas ao mesmo tempo não têm rotinas juntos e tens de os fazer confiar naquilo que queres implementar em tão pouco tempo”. Contudo, e como o próprio indica, “o facto de termos perdido o primeiro jogo ajudou nesse sentido”.

Apesar de não terem vencido a final, Marco considera que o balanço é positivo e que os seus objetivos foram cumpridos: “Os objetivos a que me propus, e passei para os jogadores foram atingidos, o nível da competição foi muito alto, muito competitivo e com equipas muito fortes. O balanço foi extremamente positivo apesar da derrota na final.

No jogo decisivo e na opinião do português “Faltou-nos tempo de trabalho no geral e um pouquinho de sorte, embora a equipa adversária tenha sido superior.”

Outro dos motivos também poderá ter sido a falta de ritmo dos jogadores: “Os jogadores locais estão sem Campeonato Nacional há 4 anos. Fizeram este ano uma competição, de três ou quatros dias, além que a equipa adversária tem uma base local, bem cimentada, já com vários anos juntos e com campo próprio.”  

Por fim Marco Silva abordou mais um pouco da sua ligação à equipa israelita, que já dura à mais de uma década: “É uma ligação que vem desde 2010 ou 2011 em que fui jogador do Rosh Haayin. Joguei com eles alguns anos. Chegamos sempre à final-four, e penso que no único Campeonato Nacional ganho pela equipa eu fazia parte. No meu último ano como jogador também era o capitão da equipa e só deixei de ir para Israel por motivos profissionais. O presidente após estes anos continua a confiar no meu trabalho, só que agora como treinador.”

Além do técnico português a formação do Rosh Haayin contou com Pedro Mano na baliza. O internacional português mostrou estar em grande forma e levou para casa o prémio de Melhor Guarda Redes da prova.

Os portugueses em Itália

Contudo houve mais internacionais portugueses nestes World Winners CUP. Vestiram a camisola do Zhejiang Ningbo TMS (China), Jordan Santos, Léo Martins e Bê Martins. Pelo Artur Music (Ucrânia), Rui Coimbra e Bernardo Lopes. Já na prova feminina, Luisa Meza defendeu as cores Cali BS (EUA). Em termos coletivos a única equipa portuguesa, em competição, foi a formação da CB Viseu.

Também na arbitragem marcamos presença com Sérgio Soares e Francisco Costa, dupla que liderou a final da prova. Também de referir que Francisco Caneira, que pertence aos quadros da AD Pasteis, foi o fisioterapeuta da formação do São Pedro BS, equipa que venceu a prova feminina.

Fotos: BSW