DA ERICEIRA PARA O BRASIL
18 Setembro, 2024A primeira edição da Super Copa do Brasil, em Futebol de Praia, contou com selo português. Rafael Cardoso e Vitor Lucas (jogadores do GDU Ericeirense) vestiram a camisola do Vitória da Bahia, clube que venceu a Taça dos Libertadores em 2018, e que nesta prova terminou na quarta posição.
A dupla, que este ano venceu o Campeonato Nacional pela formação da Ericeira, disputou pela primeira vez uma competição em areal brasileiro. O Futebol de Praia Portugal quis saber mais desta estreia.
Competir no Brasil e junto de jogadores de topo mundial é uma aprendizagem para qualquer jogador. Em solo canarinho, Rafael Cardoso não fugiu à regra: “Aprendi muito não só ao nível de jogo, e como o posso melhorar, mas também a nível de desenvolvimento pessoal e técnico. Como estes jogadores se apresentam fora de campo e como é vivida a competição no Brasil. Sempre com muita intensidade, mas muito desportivismo e educação.
Finalizada a prova, Rafael afirma que o balanço é positivo: “Foi uma experiência incrível! Tive a oportunidade de jogar com, e contra, jogadores de topo do Futebol de Praia brasileiro. Saio desta vivência, e oportunidade, mais ciente do que é necessário para atingir o mais alto nível na modalidade, seja dentro ou fora de campo. Foi uma aprendizagem enorme e estou grato pela oportunidade.”
Já Vitor Lucas, começou por abordar as dificuldades que sentiu no início da competição: “A adaptação inicial foi bem complicada. Por conta do calor intenso em Brasília, um tempo extremamente seco, e além disso, infelizmente havia muitos incêndios, onde o ar não estava nada puro. Portanto tivemos imensas dificuldades em respirar. Não só eu, como todos os atletas.”
Vitor também abordou o fato dos jogadores terem que se adaptar, uns aos outros, num curto espaço de tempo: “Não tivemos tempo para treinar, então tivemos que tentar fazer o básico, ou melhor dizendo, não inventar muito. Mas todos os jogadores eram experientes. Tínhamos três atletas internacionais, e quando é assim também ajuda na rápida adaptação.”
Para Vitor Lucas foi também um sonho realizado como o próprio nos conta. “Foi mais um sonho realizado! Sou brasileiro, mas vivo em Portugal há quase 18 anos. Tenho mais tempo vivido em Portugal do que no Brasil. Iniciei a modalidade aqui e tinha como um dos meus objetivos, jogar no Brasil. A intensidade dos jogos e o fato de defrontarem jogadores experientes foram dos pontos positivos, como o próprio menciona: “Uma intensidade muito elevada nos jogos. Tivemos a felicidade de enfrentar os melhores jogadores do mundo, e isso também é muito gratificante. Uma experiência incrível e uma aprendizagem enorme que ficará guardada para sempre.”